Quem nunca teve um cafajeste mea-culpa?
O cafajeste da vez é colega de faculdade, daqueles estilos rockerzinhos,
tatuado, na casa dos 30, calado, que dá a entender que a iniciativa é sempre
sua, minha ou nossa. Resumindo: o tipo que se exime fácil da culpa. Nunca falei
dele antes porque é preciso tempo para digerir. Para mastigar bem e ver o que
se pode tirar disso. Nenhuma lição de moral é claro. Afinal, também tenho o meu
tom cafageste.
A coisa já começou errado. Ficou
com uma amiga minha, ela curtiu, mas não rolou a tal da química. Ainda assim, o
bofe era bom. Tempos depois (3 meses), manifestou interesse por mim.
Perguntinhas e tal. Coisa de covarde que precisa de uma ponte para chegar onde
quer. Relembrando: a culpa nunca é dele. Liberais que somos, minha amiga e eu,
passou os contatos e tal. Descobri que fazíamos o mesmo curso. Que já haviamos
feito algumas disciplinas juntos. Nunca notei ou tomei consciência da figura.
Papo para lá e para cá, tive que
chamar para um cinema na minha casa. Mea culpa! Claro que rolou. E rolou
química, o encaixe, o tesão. O beijo era bom, ele também. E goodi sabe da minha
perdição por rockers tatuados e problemáticos, com uma dose de carência. Ou que
dão a entender isso. Me contou que tinha
acabado um relacionamento de 7 anos (não me contou que a culpa foi dele). E
ainda morava perto da minha casa! Perdição!
Achei que se não tivesse encontrado
um possível futuro ex-namorado, ao menos daria um bom PA, amigo colorido,
chamem do que quiserem... Mas, é preciso cautela. Enrolamos cinco meses. Ele
tinha (tem) um cachorro que sentia a
minha falta, sempre chocolate e cerveja na geladeira, o sexo era bom e o
cafajeste fez um strep-tease para mim. Golpe dos mais baixos!
Ok! Eu estava caída, apaixonada.
Fui levando, mas nessa altura do campeonato, não tinha mais o que fazer. Mandei
a real. Desviou. Aquela coisa de
nem roer, nem largar o osso. Fiquei mais umas duas semanas nessa. Fui deixando
de atender ligações, de responder no msn e tal. Mas ele sabe roer. Mais uma ou
duas idas para a cama, chocolates, mordidinhas. Datas marcadas. Toda
quarta-feira ele me ligava, oferecia carona. Passei a ser a amiga lanchinho das
quartas a noite.
Mas afinal, aqui é uma cidade pequena ou o circulo de amizade é parecido.
Descubro que ele está namorando a uns dois meses. COMO ASSIM? Puta que pariu,
nunca fui de fazer exigências (deve ter sido esse o meu erro), mas um pouco de
respeito e honestidade vai bem em qualquer relacionamento ainda mais quando uma
das partes está declaradamente envolvida (seja na amizade, sexo ou qualquer
outro tipo de enrosco).
Resultado: não vale a pena perder
tempo com o passado mal compensado. It’s over que o meu sangue não é de barata.
Honestidade é legal, já disse acima, mas ainda carrego comigo parte da culpa
afinal, PA é PA e em nenhum plano-seqüencia-mental deve passar disso. O resto é
bobagem ou tesão e nisso deve ficar.
ri alto quando o adolescente soltou o PUM
ResponderExcluirAHA