segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Não aceitamos strip-tease!



Quem nunca teve um cafajeste mea-culpa? O cafajeste da vez é colega de faculdade, daqueles estilos rockerzinhos, tatuado, na casa dos 30, calado, que dá a entender que a iniciativa é sempre sua, minha ou nossa. Resumindo: o tipo que se exime fácil da culpa. Nunca falei dele antes porque é preciso tempo para digerir. Para mastigar bem e ver o que se pode tirar disso. Nenhuma lição de moral é claro. Afinal, também tenho o meu tom cafageste.
A coisa já começou errado. Ficou com uma amiga minha, ela curtiu, mas não rolou a tal da química. Ainda assim, o bofe era bom. Tempos depois (3 meses), manifestou interesse por mim. Perguntinhas e tal. Coisa de covarde que precisa de uma ponte para chegar onde quer. Relembrando: a culpa nunca é dele. Liberais que somos, minha amiga e eu, passou os contatos e tal. Descobri que fazíamos o mesmo curso. Que já haviamos feito algumas disciplinas juntos. Nunca notei ou tomei consciência da figura.
Papo para lá e para cá, tive que chamar para um cinema na minha casa. Mea culpa! Claro que rolou. E rolou química, o encaixe, o tesão. O beijo era bom, ele também. E goodi sabe da minha perdição por rockers tatuados e problemáticos, com uma dose de carência. Ou que dão a entender isso.  Me contou que tinha acabado um relacionamento de 7 anos (não me contou que a culpa foi dele). E ainda morava perto da minha casa! Perdição!
Achei que se não tivesse encontrado um possível futuro ex-namorado, ao menos daria um bom PA, amigo colorido, chamem do que quiserem... Mas, é preciso cautela. Enrolamos cinco meses. Ele tinha (tem) um cachorro que sentia a minha falta, sempre chocolate e cerveja na geladeira, o sexo era bom e o cafajeste fez um strep-tease para mim. Golpe dos mais baixos!
Ok! Eu estava caída, apaixonada. Fui levando, mas nessa altura do campeonato, não tinha mais o que fazer. Mandei a real. Desviou. Aquela coisa de nem roer, nem largar o osso. Fiquei mais umas duas semanas nessa. Fui deixando de atender ligações, de responder no msn e tal. Mas ele sabe roer. Mais uma ou duas idas para a cama, chocolates, mordidinhas. Datas marcadas. Toda quarta-feira ele me ligava, oferecia carona. Passei a ser a amiga lanchinho das quartas a noite.
Mas afinal, aqui é uma cidade pequena ou o circulo de amizade é parecido. Descubro que ele está namorando a uns dois meses. COMO ASSIM? Puta que pariu, nunca fui de fazer exigências (deve ter sido esse o meu erro), mas um pouco de respeito e honestidade vai bem em qualquer relacionamento ainda mais quando uma das partes está declaradamente envolvida (seja na amizade, sexo ou qualquer outro tipo de enrosco).
Resultado: não vale a pena perder tempo com o passado mal compensado. It’s over que o meu sangue não é de barata. Honestidade é legal, já disse acima, mas ainda carrego comigo parte da culpa afinal, PA é PA e em nenhum plano-seqüencia-mental deve passar disso. O resto é bobagem ou tesão e nisso deve ficar.

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