sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ser Cafajeste é uma arte!

Não concordo com esse negócio de que "está faltando homem",tá nada,homem tem em todo lugar.
O que já não tem mais são os Cafajestes,ah aqueles bons cafajestes de olhares e riso manso.
Esses não se encontram mais pela boemia.
E como tudo nesses tempos moderninhos o que encontramos?
Suas cópias mal feitas e desajeitadas,seguidores sem talento para tal arte:A CAFAJESTAGEM.
Tal arte confudida com calhordisse e falta de caráter.
Homens não resolvidos e medrosos.
O comodismo é tanto que não se dão se que ao trabalho de fazer uma cópia fiel ou algo que se aproxime do verdadeiro.
Os cafajestes de antigamente ao menos mandavam flores no outro dia...



Ana Carolina.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Uma dose de filosofia cafajeste

A Cafajestagem é algo que vicia. Desde que entrei nesse mundo, não consigo sair. Desde então, são muitos os poemas que eu não fiz e as matérias que não elaborei. Desse jeito, logo em breve, os meus escritos só vão prestar pra duas coisas mesmo: publicidade e cafajestagem.
Notem que ambas podem ser inseridas no mesmo campo semântico, sem forçar a barra. É ou não é? 
Pois é aqui que me encontro, é nesse lugar que incorre a minha literatura atualmente. Dá pra imaginar um destino mais cafajeste que esse?
Sempre dá.
A ironia é justamente essa: feministas, machistas, convencionais, transgressoras: não há mulher que passe pela vida sem trombar com um Cafajeste quando em vez. e o problema é que, algumas vezes, a coisa não fica só no trombo...Na verdade, o trombo pode ser só o começo.
O olhar de um Cafajeste pode nos levar às drogas mais pesadas.
Se você se deixar levar.
Porque a Cafajestagem também é objeto de estudo. Mantendo um olhar objetivo é possível driblar a Cafajestagem. Não é preciso ir pra casa abrir uma garrafa de vinho depois do coquetel...
No entanto, há casos em que a subjetividade mela a pesquisa. Acontece nos melhores projetos.
Aí, meu bem, é abrir mão do cientificismo e lançar mão da espiritualidade.
Que uma vez cavalo, a gente não tem que responder por nada depois.
Não resta nem o bafo de cachaça pra contar a história.
De um jeito ou de outro, o registro não pode se perder.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O homem perfeito



As duas amigas conversavam no bar. Algumas cervejas na mente e uma delas sugere uma rodada de tequila. Por que não?


Marina e Cecília se conheceram quando a primeira namorava o Luiz. Acho até que foi ele que apresentou as duas. Nunca foi plenamente esclarecido se houve uma intersecção temporal entre a fase do fim no namoro da Marina e o começo do rolo que o Luiz teve por alguns meses com a Cecília, mas isso também nunca foi investigado a fundo.


Demoraria ainda antes que elas voltassem a se falar. A Ciça não sabe, mas a Marina voltou a pegar o Luiz, fato determinante pra ela perceber que ele realmente não valia a pena. Foi importante para a amizade das duas o dia em que, numa conversa sobre o Luiz, Cecília chorou no colo da Marina (menos por culpa do que pelo acolhimento inesperado da antiga rival), quando o ex comum já era para as duas um nome do passado.


As duas acabaram se tornando, a despeito das probabilidades, companheiras de solteirice e fuleragem. Conversavam agora sobre a noite anterior.


Marina: E na balada ontem, o cara lá falando da eterna busca de um sentido inexistente.
Cecília: E você olhando pra ele e dizendo “me come”.
Marina: Tipo isso. Cada vez mais bêbada, todo mundo indo embora e o cara lá falando. Eu só pensava "mais uma noite perdida".
Cecília: Uma dose de canalhice é importante pra acelerar as coisas, né. Manter o suspense.
Marina: Pra mim pode ser dupla, que eu já criei resistência.
Cecília: No começo é divertido. Foda é quando você resolve namorar e o sujeito não tira nunca da cara aquele olhar de "te peguei / vou te pegar" pra toda mina que passa.
Marina: Aí você faz igual, de preferência com os amigos dele.
Cecília: Ai, que preguiça.
Marina: Vai dizer que você prefere os românticos.
Cecília: Ah, eu gosto. Pronto, falei. Aquele que você acorda no meio da noite e ele tá te olhando dormir com cara de apaixonado. 
Marina: Acho que eu ia ficar assustada.
Cecília: Só depois dos três primeiros meses. No começo é muito fofo.
Marina: Por isso que eu gosto do Lucas. Eu mando mensagem, ele liga de volta na hora. Nem troca idéia, diz só "onde você tá? Tô passando aí". Aí ele vem, faz o serviço, não liga no dia seguinte. Sem imprevisto, sem DR, o homem perfeito.
Cecília: Perfeito eu não sei, mas parece um bom custo-benefício.
Marina: Vou te dizer que é, viu. Garçom, mais duas tequilas, por favor.

EM: www.calmae.blogspot.com



segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Não é o que você está pensando

Este blog é um instrumento de exorcismo.
É pra expulsar demônios e vômitos.
E, no meio disso, é claro que tem muita coisa podre, fétida, gosmenta.
Esta que vos fala e modera textos e comentários não está aqui pra julgar ninguém.
Não passou nem na porta de uma faculdade de direito.
E ainda que tivesse adentrado em vários tipos de igreja, não permaneceu em nenhuma delas.
Porque o juízo final não está lá, está bem aqui. Em cada olhar torto.  
Lie to me.
...
Vamoquevamo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Comida Está Servida

O cafa quer te comer
E você realmente quer ser o prato
De entrada
O principal
A saladinha básica
O arroz com feijão
Nos dias comuns
E o caviar
Para todas as outras ocasiões


O cafa quer te pegar
Sim
Te pegar
Ele grita
Assume pra quem quiser
Não há problemas em falar
Sim.
Mas só pegar


E ele é o pior
Antes do estrago
Revela o que vai fazer
Sem joguetes
Ou falsidades


Vou te comer meu bem
Não vou me apaixonar
Amor é piada
Ponto
Pronto
Vem
Corre
Tira a roupa


Mentira
Ele não é tão seco assim
Entre as inteiras sinceras ríspidas verdades
Mostra suas qualidades


Em meio a tanto amargo
Sabe que precisa jogar um melzinho na tua boca
Mesmo que junto com o doce
As abelhas acabem indo de brinde
Picando teu corpo
Inchando tua garganta
Só pra te dar aquela sensação de ai meu deus estou gorda
Pura insegurança ensaiada


Ah vamos logo com isso
Chega de cara lavada
E diz
Oi não presto
Mas vamos brincar por algumas horas


E você de maquiagem pesada
Tenta disfarçar
Com lápis de olho super marcado
Pó compacto
Amassa a esperança
Entre a pele
E a paixão


Esconde que talvez você possa acreditar em um talvez
Ah sei lá
Vai que eu o surpreenda na cama
E pô, ele pode gamar


Não querida
Cama ele tem com quem quiser
É só olhar
Jogar o charme
Por que cafas tem charme
Pode ser o capeta que for
Feio pra caraleo
Mas na hora do vamos comer tem charme sim meu bem

E você as vezes então age ao contrário
Finge que é cafa também
Que está ali só pro vai e vem
O batidão frenético do entra e sai
Mas ah queridinha
Os cafas são espertos
Sentem o cheiro

Em: Qualquer Bobagem - www.nanacae.blogspot.com

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Nona esfera ou a arte de não ser devorada pela serpente

"Necessitamos nascer e isso de nascer é, foi e será sempre um problema absolutamente sexual. É necessário nascer e para tal tem-se que descer à Nona Esfera." Ensinamentos gnósticos




Dante (minha versão)
Que Dante Alighieri tivesse me aparecido na forma de um boçal, facto. Li que Dante vem de durante, e isso me faz lembrar de algo. Vamos a divina comédia. Devo começar pelo paraíso, afinal, no começo tudo são flores. Homens, eternos tragicômicos.


PARAÍSO
Lembro que o conheci num pub. Gostei de seus cabelos. E da voz também. Não me lembro onde paramos naquela noite. Certamente não na casa dele. Talvez porque eu tivesse engatada um relacionamento - paralelo.


PURGATÖRIO
O sofrimento, instala-se, então, quando chego em seu apê: segundo encontro. Ele está de roupão e toca violão. Desafinado. Cabelos molhados. Aguento sua falta de ritmo por alguns instantes. "Ah, que bela voz você tem, só falta ritmo e afinação", tenho ditoi. Fomos para a cama. Dante tinha uma enorme geba que me custou muito para ser encorpada. Acho que nem gozei. Ninguém precisa de um pau tão grande assim. Muito menos meu útero. Depois, em outra ocasião, encontrei-o numa festa e fui deixá-lo em casa. Ele propôs uma suruba entre eu, ele e minha amiga. Aquilo era só uma carona. Uma cortesia. Dante já não me causava menor excitação. Pateta. Talvez porque fosse mais estúpido e inconveniente do que parecia. Gente que não se toca tá por fora. Não estou falando de punheta. Abomino inconvenientes. Mas tudo passa, principalmente um tipo desses.

INFERNO

Encontrar Dantes pelos bares mais decrépitos da cidade. Decadente com os gêmeos-cocaine do "Nappers", ou simplesmente "Narizes" - um bar reggae. Um dia passou e me pediu um cigarro. Eu disse "não, sou viciada". Sempre lembrando ao fato (fato) de que Dante foi para o inferno (o do lado de lá, bem longe do meu) quando veio me visitar - isso antes desses reencontros de ignoração mútua - ou a arte de não se cumprimentar, comumente praticada em Brasa City. O inferno são os outros, já dizia Wilde. Sentamos em baixo do bloco. Pediu que eu o chupasse, e em menos de um minuto gozou na minha boca. Reação: cuspi na cara de Dante. Não por causa da porra, que eu até poderia ter engolido se ele tivesse pedido. Mas a canalhice, o olhar de campeão, a CAFAGESTAGEM e a má-fé. Tudo que ele queria. Gozar na minha boca sem a minha permissão soa como se dissesse algo que não posso engolir de um homem. Nunca. A trapaça e o jogo sujo. Nem mesmo porque chamasse Dante, aque que "goza durante".

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Cafajestagem sem preconceito

Por meio desse venho falar de uma Cafa, mas essa não é uma cafa qualquer, ela é foda em todos os sentidos da palavra.

Gosto da voz e do olhar também, o jeito informal mais sexy de ser. Com um marlboro light na mão a cafa me fala sobre sua sexualidade:

“Olha, tipo assim, se não tiver nenhum homem interessante por perto.... mas falta algo”...

Chocava-me a cada palavra, e o desdobramento disso tudo ainda me espanta.

Ora, a bela jovem faz sucessos com garotas!

Mas são elas as vítimas de sua cólera contra os cafas de sexo masculino, ação e reação, desconta tudo sem tirar nem por.

Com homens sempre teve relacionamentos conturbados, e dos cafas de muitos tipos já experimentou. Tem “sangue doce” como dizem por ai. Viu de tudo e sempre que pensa estar vacinada cai na lábia de um deles, mas cai mesmo, com tudo.

No fim, as pobres moças ficam com o olhar perdido ao ver a protagonista de nossa história acender um cigarro e falar como se nada tivesse acontecido.

Apaixonam-se por essa amante louca e desumana, a chave de cadeia que mexe com o imaginário de qualquer mulher solitária....

Elas pensam ser a mulher certa, aquela que mudará tudo, a conversora de lésbicas não praticantes, pobres coitadas, não dura muito, no máximo algumas horas.

E ela simplesmente adora o fato de ser desejada, essa não foi a primeira e nem a última, a cafa de linha cujo me refiro tem sede de vingança.

Após chorar as mágoas do “gato e sapato” que foi feita, sorri e fala sobre mais uma das pobres que pensaram ser pra mais de uma noite, e ela vai contando...

ascende mais um cigarro e os papéis de vilã e heroína da cafajestagem se invertem a todo momento, depende do sexo em questão.

Nunca vi algo tão paradoxal.