terça-feira, 23 de novembro de 2010

the blues and the jeans

Flash-back é uma situê que dificilmente acaba bem. Eu achava que já tinha aprendido essa lição: há muitos e muitos anos que eu não era reincidente. Pero. Una persona em crise é uma pessoa cuja memória também está em crise. After all...
Dois flashes-back. Como se não bastasse o turbilhão de idéias e sentimentos que me assola, eu ainda inventei de cutucar feridas do passado. Como se o passado próximo não me atormentasse o bastante, eu inventei de rememorar o passado remoto. Acho que quando tá tudo cagado, só uma coisa passa na cabeça de alguém surtado: jogar a merda no ventilador.
Quando a gente tá em crise, devia colocar logo uma camisa-de-força e uma mordaça. E ficar imóvel e muda até que a crise - ou a estupidez que advém desta - passe. Mas não. De mãos soltas, língua indomável e carência latente, a gente vai lá e fica com o ex - por duas vezes.
Por quê a gente acha que justamente um ex que já cagou conosco pode levantar a nossa moral ou nos ajudar a resgatar a auto-estima? Onde lemos isso? Quem nos transmitiu esse "conhecimento"?
Estamos tão fragilizadas e atordoadas que achamos que alguém que nos conhece há muito tempo (ou que nos conheceu há muito tempo) vai nos olhar e nos tocar como uma jóia rara, uma peça antiga, clássica. Como aquela calça jeans mais velha que temos e que mais gostamos e que nos cai tão bem. Mas não. Ou já estamos gordos demais pra entrar na calça ou a calça já está surrada demais pra usarmos por aí.
Não adianta deitar no chão e prender a respiração. Não adianta dar uma tintura nova. Não se fazem calças jeans - nem amores - como antigamente.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

o cafofo X um motel

Não que tenha sido o único cara, mas foi o primeiro motel depois da reprise mexicana. Eu queria um quartinho, mas um bom motel era o que havia - e dessa vez eu nem abri a carteira. Vários drinks, uma dúzia de saideiras. Um frio gostoso, um quarto de primeira. Uma noite como manda o figurino: mas eu sou o tipo de garota que curte roupas de brechó.
Por três anos, com alguns intervalos, maiores e menores, a gente ficou. Namoramos, amigamos, brigamos, afastamos, reaproximamos. Detalhes tão pequenos de nós dois ainda funcionam: mas ambos perdemos the big picture. Eu tão inerte e entorpecida queria mesmo que algum instante - aquele momento? - curasse um pouco, alguma parte, do meu desatado derrame. Tanto pra jorrar e nenhum balde que apanhe. Quanto a ele, não sei, e, um dia, saberei? Talvez vontade de se lembrar um pouco em mim, talvez vontade de me lembrar um pouco nele, talvez tão somente aquele tesão latente.
Nunca me satisfaço nas primeiras vezes. Desde que me desentendo por gente eu gosto do segundo olhar, do segundo toque, das segundas vezes. Acho que o primeiro passo - seja pra frente ou pra trás - é sempre um tanto destrambelhado: é sempre uma nota solta num cenário que ainda não se entende compasso.
Saturno se insinua e muitas convenções e muitas ilusões e muitas pretensões se desfazem: restam poucos átomos e aparece uma galáxia de partículas.
Acho que as nossas noções de espaço-tempo não é tão íntima. Ou nos falta combustível ou nos sobra disritmia. 3 anos não se condensaram numa noite tão curta e tão fria.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A difícil arte de ter intimidade

Tornar-se íntimo de alguém é, por excelência, um evento dúbio: ou uma sucessão de eventos ambíguos. É conhecer, por vezes num mesmo dia, o lado a e o lado b de alguém. É conhecer, por vezes na mesma hora, a diagonal n e a diagonal z de outrém. A intimidade não é uma equação simples.

Quanto mais se conhece outra pessoa, mais se gosta do que se conheceu e menos se gosta do que está pra ser conhecido: está bem ali, na próxima esquina, no próximo olhar.


(continua) 






quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quem paga o motel

Dia desses, corria uma discussão na lista (aliás, uma das) que participo: lista de emails, cerca de vinte pessoas. A questão era: quem deve pagar o motel, o homem ou a mulher?
De imediato, houve uma correção: a questão não podia se destinar apenas aos heterossexuais. Daí por diante, houve todo tipo de resposta - porque é uma questão que depende muito da situação. Pode ser combinado antes, se uma das partes estiver quebrada. Pode ser combinado depois, se uma das partes estiver disposta a quitar a dívida por completo. Depende, depende, depende. Mas, de um modo geral,  os votos ficaram em rachar a conta.
Bem, a última vez que fui ao motel, fui eu a pagar a conta. E isso dependeu de algumas coisas, como veremos.
Fomos pernoitar e combinamos de rachar a conta. Pela manhã, eu quis fazer algum exercício, sabe, pra começar o dia com o humor melhor. E, afinal, era pra isso que estávamos lá: ainda que tivéssemos mais dormido que qualquer outra coisa. Minha investida começou com sucesso porque, claro, acordei o, então, namorado de um jeito que, bem, desperta. No meio do caminho, porém, a coisa toda vacilou, uma diferença de timing. Ele foi tomar uma ducha e eu fiquei na cama, num tédio beirando o temido mau humor. Aí eu tive uma idéia.
Nesse ponto, naturalmente, todos já sabemos que foi uma idéia de jirico. Mas eu realmente nunca tinha feito aquilo e, se algo tão imperativo me dizia pra fazê-lo, olha, eu não devia discordar. De primeiro, eu só queria ver se o celular estava ligado ou desligado. Mas puta que pariu. Estava desligado.
Como cheguei nessa idéia? Não era um hábito, portanto, eu obviamente tirei aquela idéia de algum lugar. 
Na verdade, veio de dois lugares, de dois momentos. Quando a gente se encontrou e, cirurgicamente, ele desligou o celular. Ora, e por que isso?
Daí, naquele quarto de motel, eu resolvi achar o que o meu faro, imperativo, mandava que eu achasse. Liguei o celular e comecei a ler as mensagens da caixa de entrada. Depois, as mensagens da caixa de saída. Além de infiél, o cara era um amador. Estava tudo ali, tim tim por tim tim. 
Entrei numa novela mexicana, pensei. Até vestido de onça eu tinha: catei-o do chão e, cinicamente, me vesti. Sentei marmorizada na beira da cama e, tão logo ele abriu a porta do banheiro, eu perguntei:
- Quem é Fulana?
- ...
- E Sicrana?
Sim, eram duas, meus caros e caras. Isso que é um chifre bonito. Mas porra. Eu disse desde o começo: isso pode ser só um rolo, não tem porquê. Não, não, vamos namorar. Cheguei até a largar o breve amante de duas noites. Sabia que não ia durar muito, mas eu tinha dado minha palavra: vamos namorar. Na pior das hipóteses, isso coincide com um sistema de exclusividade - e esses termos são deles, não meus.
Quando um cara galinha não topa ter um rolo com você, o problema é bem mais fundo, não se trata apenas da mentira de uma relação monogâmica. É justamente nesse eu-te-amo-e-quero-só-você, que o cara entrega a dimensão do seu machismo.
Eu posso ficar com um cara infiél, quantas vezes a vida me permitir ou impôr. O que eu não posso é ficar com um cara machista. Nem fodendo.
É claro que eu me dei de presente algumas cenas mexicanas: talvez eu não tivesse outra oportunidade daquelas - o cenário, o conflito, vocês sabem. Joguei água na cara, gritei, pisei. Aí fui até a porta de serviços, aquele quartinho que existe nos motéis pra que você não precise ter contato com outro ser humano (além do(s) que dividem o quarto contigo). Fiquei lá até a mulher aparecer com a conta. Ela se assustou, mas disse que ia pegar a máquina pra passar o cartão, mesmo assim.
Quando voltou, ela tomou coragem de conversar comigo, enquanto eu passava TODA a conta no meu visa fodido:
- Você parece nervosa.
- Eu descobri que sou corna, foi só isso.
Entrei no carro, travei as portas e deixei o sujeito lá, rodado. Eu sabia que ele, no mínimo, teria que ir a pé até o próximo banco que, estando o motel numa BR, não era tão próximo. E pena. Tava um sol escaldante, um calor da moléstia.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dupla de três

Hoje cedo, antes de sair (atrasada) pra trabalhar, eu vi um bicho da esperança. Acho que é a segunda vez nesse ano que o vejo, mas hoje fez mais sentido. Esperança, finalmente. Ainda manco, ainda vacilo, mas minhas pernas estão vivas: e segue o meu caminhar.
Depois de quase dois anos de putaria, eis que eu me encontro apaixonada. Quase dois anos de sexo sem pretensão, de trepar pra não perder o hábito. Porque mulher também tem necessidades biológicas, todas sabemos disso. Sexo faz bem pro humor e pra pele. E ninguém quer se transformar numa megera de cara embrulhada. Então, todo mundo trepa.
É verdade que eu me empolguei com alguns dos caras com quem trepei durante esse tempo. Mas nada passou de faísca. Aquela chama, que ao mesmo tempo nos amedronta e nos fascina, aquela chama estava apagada. Mas no fundo eu nem me importava. 
Estava mais preocupada em trabalhar ou em me divertir. Paixão parecia um desejo supérfluo. O foco era dar um tapa no currículo, engordar um pouco o porquinho e meter o pé na estrada. Óquei. Este ainda é o foco. Só que agora a trilha está mais florida: tem outros aromas. 
Acho que a metáfora dos aromas é uma boa metáfora para a paixão. Pois eu continuo fodida, com um monte de pendências nas costas, cheia de ansiedade no coração. Só que, ás vezes, eu respiro fundo...e sinto um aroma diferente. E sabemos: um aroma é uma coisa volátil.
Eu estou apaixonada por dois caras. E não, meu nome não é Aline.
Pode parecer um absurdo se pensarmos no amor. Talvez seja inconcebível amar duas pessoas. Ao menos dentro do conceito padrão de amor. Eu, pessoalmente, não sei: ainda não cheguei lá. Estou falando de paixão. 
Não que eu não os ame. Eu amo: aqui e agora. Do amanhã, eu não vejo nem a fumaça. Pois. É como eu sempre observo: o sádico e o divino são duas faces da mesma entidade. Eu tenho dois homens, e não tenho nenhum. Essa semana os dois estão viajando: pra mesma região, inclusive. E não é só isso.
Nenhum deles mora na minha cidade, e ambos irão embora mais ou menos em três meses. Para o mesmo estado. Digam-me vocês: isso é sádico ou não é?
Porém. É divino também. Cada um ensina coisas, mostra coisas que eu não sabia. Cada um tem um jeito de me animar e de me intrigar. Daí, eu estou sempre nesse estado de excitação: e não me refiro apenas ao sexo aqui.
Aliás, o sexo é mais complicado do que parece. Porque a minha mente é livre, anarquista e hippie. Mas o meu corpo, muitas vezes, não consegue acompanhá-la. Eventualmente, eu tenho corpus crisis.
É aí que entram os papéis. Um é o namorado, o outro é o amante. Com o segundo, dá pra filosofar sobre a situação. Isso me conforta. 
Assim, eu começo tudo de novo. Todos os dias, todas as noites. Imersa em esperança - e amor.

domingo, 11 de julho de 2010

Alguns conceitos e uma dica

Se um dia acordei querendo algo mais : CASAMENTO
A necessidade de se fazer nescessário na vida de alguém: PURA ILUSÃO
O amor é um estado que mantém, mas dessa fusão sempre resta: AMIZADE

CASAMENTO

Não, não desacredito em relacionamentos de longas datas. Monogamia é maior lobotomia, gente !!
Você desliga aquela partezinha de DIVERSÕES SOLTEIRAS e buscas pela BALADA INESQUECÍVEL e parte pela busca comum, CASA / SEGURANÇA / PROTEÇÃO, e é lindo. Mas não se iluda. Você envelhece uns 10 anos depois que casa .
E passa economizar.
Economiza tempo na sogra:  "Almoço de domingo em família".
Economiza sexo: "Hoje não tô cansada, pode ser amanhã? " .
Economiza dinheiro : " Hum levo essa lingerie linda, ou guardo para o ágio do apt ? "
Economiza amigas : " Vamos marcar o happy hour para outro dia ?"

PURA ILUSÃO
Vejo tantas, mas tantas pessoas carentonas e sem ter o que fazer no sábado chuvoso a noite. Que ai, sim vejo que fiz a melhor escolha para o momento.
E descubro que PERMANECER é mais importante que ESTAR.
Mas no fundo, lá no fundinho ( não da calcinha gente, não sou pervetida. ) eu sinto que algo poderia ser mais que um permanecer gostosinho, meia boca, para eu estar mais emocianante e cheia de paixão ( tesão?) .

AMIZADE
Tá, papagaio loro do bico dourado, leva essa cartinha pro meu namorado ... Nãooo! Para tudo.
O mundo tá torto, o passado já é morto, e os homens ?
Os que restam ? Ou os que realmente são?
NÃO ESTÃO.
Só restam os cafajestes que se camuflam de mocinhos e nos fazem passar de um estágio de chapeuzinho a lobo mau assim ó , num estalo.

Portanto minha amiga :
Se tem, segura.
Se é bom, amarra.

Porque tá acabando ... 


Escrito por Lavou Tá Novo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Numa casa de caboclo

Há quase um ano, recém solteira, estava me acabando na balada numa segunda-feira. A idéia era sair com a amiga, tomar uns drinks e dançar muito... ok, a quem eu quero enganar? A idéia era pegar forte alguém.

Cheguei sozinha – a amiga estava enrolada num aniversário de família, iria chegar só mais tarde. "Tudo bem, eu consigo encarar uma balada sozinha por algumas horas", pensei. Já na fila do local, enquanto tomava uma cerveja e fumava um cigarrinho – eterno companheiro das mãos vazias – fui abordada por três rapazes bem interessantes. Um deles, em especial, me chamou a atenção: alto, bonito e cara de cafajeste. Conversa, olhares, risadas. Entramos juntos, mas acabei me separando deles lá dentro.

No final da festa, já com a amiga presente e algum álcool na mente, reencontro o trio. Depois de olhares explícitos e mexidas fatais no cabelo, acabei ficando com o tal rapaz. Ótimo.

Entre beijos e amassos, descobrimos que estudamos na mesma faculdade – fazemos o mesmo curso, inclusive. Legal.

Já praticamente de manhã, deixei o mancebo em casa – depois de uma pegação gostosa no carro. Trocamos telefones e marcamos de nos encontrar na faculdade.

Apesar dos encontrinhos nos intervalos e cigarrinhos fumados no final da aula, nunca mais ficamos. Chegamos a nos esbarrar algumas vezes em baladas, mas em quase todas as vezes um de nós estava acompanhado. Em outras ocasiões, dei mole pro cara mas ele nem tchum – numa dessas, inclusive, me deu um fora.

Ok, já havia desistido do cara. Na verdade, o que ficou foi uma vontade louca de ir pra cama com ele, já que havíamos parado nas preliminares. Mesmo com a vontade latente, me conformei que não ia rolar, já que o cara, pelo que eu ouvi, estava engatilhando um namoro, além de já ter me dado um fora e ter ativado meu orgulho feminino.

Eis que esta semana, depois de meses sem nos falarmos, o cafa puxa papo no gtalk. "E aí sumida" pra lá, "O que anda fazendo" pra cá. Já mais a vontade, ele dá início ao show:

- Você já ficou com mulheres?

- Já. Porque?

- Já fez sexo com mulheres?

- Olha, já dei uns amassos fortes, mas não cheguei a transar. Porque?

- Sabe, é meu sonho transar com duas mulheres ao mesmo tempo.

- Seu e de quase todo homem, rs.

- Pois é... eu estava pensando...

- ...

- Você quer dividir uma mulher comigo?



Gente, eu não sou nem um pouco conservadora, pelo contrário. Mas é ou não é muita cafajestagem o cara fazer uma proposta dessas depois de me dar um fora e passar meses sem nenhuma aproximação?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Um coelhinho de estimação é, sem dúvida, melhor que um cachorro

Para mim, poucas coisas são tão belas na vida quanto o inédito. Ou, na falta deste, o inusitado. Nada como ser surpreendida. A vida faz mais sentido quando você se lembra de que há coisas insondáveis por vir. Eu não sei se o divino está no fim, mas sei que está no começo, em todas as primeiras vezes.
Eu nunca havia usado um vibrador. Em verdade, masturbação nunca foi uma de minhas atividades preferidas em horas de ócio. Sei lá... nunca vi muita graça. Não desmereço o hábito: tudo vale a pena quando a oferta é pequena. Mas vamos combinar. A interação é, muitas vezes, melhor do que o gozo. Ou, pelo menos, deveria ser: é claro que, na prática, a teoria é outra.
Eu já ouvira falar desse vibrador no seriado Sex and The City. Mas relato real, depoimento verídico, não. Fiquei interessada...mas aquele interesse que se tem por um figurino da Carrie ou um restaurante de New York. Quer dizer: nada que me custasse uma ação. Apenas contemplação. Até. Eu entrar no banheiro de uma amiga e dar de cara com ele. O coelhinho. Tava ali dando sopa em cima da pia. E havia uma camisinha dentro da gaveta. Por que não?
Olha...não dá pra contar. Tem que experimentar. Não é magia: é tecnologia.
Mulheres do século XXI: isso era o que faltava pra independência absoluta. Nada mais de gastar tempo e dinheiro com qualquer mané, qualquer cafajeste sem etiqueta. That's over.
Pero. Se você tem um namorado ou um pinto (real) amigo: peça um coelhinho e não um cachorro no próximos dia dos namorados. Ou determine um dia do rolo.
Eu garanto.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Cuide de Você



Oi povo!!!


Saudades de mim??? estou morrendo de saudades de vcs!! e com a certeza que devemos nos encontrar pra botar as fofocas em dia.

Bom gente, mais uma vez o principe virou sapo. Como vcs já sabem passei um final de semana aqui tentando encontrar o bofe e ele nada.

quando desisti ele me aparece, no meio do nada quase duas da manhã, não achando muito bom que dei beijinho de bochecha.

enfim... a carne é fraca, acabei ficando ( dando, trepando, fazendo amor) como preferirem. como eu não sou baú acabei abrindo o bocão e falando que não tinha gostado, tinha ficado chateada com o sumiço... tudo muito delicadamente!! sem usar minha normal sutileza de elefante.

Na hora de ir embora da casa dele, fiquei com o carão de chateada. TPM maldita, que somatiza toda minha sensibilidade.( por isso na próxima venho macho) rs.

então... sábado o bofe ia tocar e eu resolvi ficar pra ve-lo, tomei um banhaço, fiquei linda, vestido novo e fui a caça. cheguei no boteco ( que odeio) no final da ultima banda, paguei cincão pra entrar. vi o bofe de longe e ele veio falar comigo, eu alegrinha. Mais para minha tristeza veio com um beijo xoxo, e dizendo que já tava indo embora. ( meu mundo caiu) e como vcs bem sabem, o carão fechou, fiquei mega chateada... enfim, dei mais uns beijinhos e ele foi-se embora.

acabei indo pro cafofo de um amigo, me embriagar com a galera. FOI MARA!!! não satisfeira com o teor etílico que já corria em minhas veias, passei em mais um boteco pra tomar a saideira. Eis que surge a surpresa. conheci um bofinho LINDO!! que foi pra casa de uma amiga comigo, amanhecemos nos amassando, aí tive a brilhante idéia de ir pra perifa de buzão 7 da manhã, não é que o bofe topou. fui dormindo daqui até lá!! rsrs, chegando lá banhaço a dois no meu chuveiro, com direito a lambidas e mordidas rsrsrs. mais a cabeça da doida no bofe que me esnobou. enfim... o bofe passou o sábado, o domingo e só veio embora segunda a tarde.

um final de semana, maravilhoso cheio de beijos, cafunés, chuva e chupadas kkkkkkkkkkkkkkkkkk.

Gente e o mais incrivel... não completei o serviço. NÃO DEI. o bofe quase teve um treco de tesão. não fiz isso pra fazer charme não. é que minha cabeça estava em outro lugar. vcs me entendem né!! mais mesmo sem o vuco vuco propriamente dito, gozei muitoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo.

E tive a plena certeza que eu sou simplesmente MARA, mesmo tendo o dedo podre. E outra coisa, depois que li o manual sexual da bruna surfistinha minha vida mudou!! loucura! loucura! loucura!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...


As façanhas, do fds conto pessoalmente, se não perde a graça.


só sei amigos que a FILA VOA....

e quem não dá assistencia perde a preferencia e abre a concorrencia....



Amo vcs

bjo no cuzinho

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

sábado, 3 de abril de 2010

Um Cafajeste de 27 noivas, ou o Franco Atirador

Taí uma coisa que eu nunca havia feito. Eu acreditava que onde se ganha o pão não se comia a carne. E se eu botase a carne dentro do pão?
Sempre existe mais de um jeito de encarar uma idéia, ou lidar com um jogo. Ops. Eu quis dizer desejo. Não, eu queria dizer experiência.
Flertar no trabalho era uma experiência ausente no meu currículo. Talvez, eu me julgasse inapta: uma coisa era se render ao celetismo - outra coisa era levar o celetismo pra cama. Eu até pensei em frear aquele fluxo, pensei em pensar em outra coisa. Naturalmente, não tive muito êxito: o que seria de minha psicogafia - se não fosse a insubstituível dose mínima de Cafajestagem? 

Estava eu, portanto, mais uma vez descendo aquela conhecida rua. Aquela rua onde desembocam encontros e desencontros: aquele balaio de gato. Eu sabia que poderia adiar, sentia que devia abortar, e queria, sim, queria o risco mais uma vez. Porque a Cafajestagem é vista a olho nu e, mesmo assim, a gente paga pra (re)ver.
Começou como um jogo virtual: teclar cafajestagens. Os msns estariam monitorados? Não importava, era incontrolável. Era intermitente. E estava cada vez mais descarado.  É verdade: eu soltava umas que, algumas vezes, me custavam a vermelhidão da face. Eu não tinha mais controle da minha língua e, estupidamente, achava que poderia ter controle do resto do corpo: meu otimismo é um veneno homeopático.

Um dia dei com a língua nos dentes. Até então, os meus. Mas sabia que não se encerraria nisso. Eu tinha acendido o pavio: agora era ser chama ou ser vela. Vesti o personagem: salto nove, vestido de botões (muitos), calça leg, maquiagem. Cabelos molhados: eu sabia que ele os queria assim. Eu queria que ele os quisesse. Os cabelos, até então.
Mas nem só de figurino vive um enredo: existe, por exemplo, o cenário. Pertubadoramente organizado. Nenhum jonal em cima da mesa. Nenhum tênis dentro do banheiro. Ou roupa dentro do balde, ou louça dentro da pia. Talvez ele tenha produzido o ambiente, como eu produzi o figurino. Mas. Talvez fosse daquele jeito mesmo, de verdade, o tempo todo.

- Você nunca pensou em pregar uns quadros?

Infiltrações. Depois que o ex-proprietário as resolvesse, aí ele poderia fazer algo do tipo. Disse que tinha essa meta (ou tormento): comprar uma casa. Eu admiro. Eu teria caído no mundo. Mas, até o presente momento de minha vida financeira, só pude cair no Brasil. O mundo que me aguarde: eu não farei bacon do meu porquinho.
Depois de meia garrafa de um vinho acertado - miolo, semi seco - restou o vinho não-acertado. Doce. Mil vezes um Campari. Não havia, porém, nenhum Campari: havia uma Ipioca. Opa. Eu gosto do risco, mas eu tinha uma viagem marcada. Era necessário alguma moderação.
A coleção de filmes também não contou a meu favor: não havia nenhum filme ali que me prendesse a atenção com a intensidade que eu precisava. Bem ali, aliás, eu precisava era de um milagre ou de uma abdução. Obviamente, na falta de ambos, o que eu tinha era o tesão. Cada vez mais imperativo.
Atendi suas ordens, mas com alguma relutância: o que, inevitavelmente, prejudicou a execução das ordens. Fiquei com a sensação de ter gastado a bala, a filha-única. Contudo. Antes uma bala precipitada que uma roleta-russa retardatária.
Mas poderia ter sido um tiro mais certeiro, já que era um tiro só (?). Poderia ter sido no camarim, no banheiro (!). Não se anda pelo fogo-cruzado: a gente corre - cada vez mais veloz e nunca em linha reta.

Eu com um pé no século 22 e ele com dois pés no século 19. Uma bala jamais atravessaria tanta distância: disso eu tive consciência desde o princípio. Ele era um franco atirador: e eu adentrara as linhas inimigas. Com apenas uma bala.
Depois de tanto fogo, nada de mortos ou feridos. No fim desse conflito armado, o que restou foi a poeira. Mas logo logo a poeira baixa.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mea culpa cafajeste

A Cafajestagem é uma praga, uma peste. Algo de que nem as boas almas estão livres. Basta um momento de distração, de descuido. E a Cafajestagem invade o seu sistema. E depois, ela não se encerra em você. Ela afeta terceiros.

No meu caso, o álcool é seu catalisador principal. Algumas doses a mais, e eu já não respondo por mim, mas por uma pomba-gira. Algumas vezes, o dia seguinte é indolor. Outras, é uma ressaca inglória. Nesses últimos dias, estou perseguindo a sobriedade.

Porque sobre todos os atos cafajestes, é preciso preservar os amigos. Mas eu, num rompante de diversão, deixei de preservar uma amiga. Coisa que não faz meu estilo, vai contra a minha índole aquariana. Deixou-me perturbada.

Fui contar a ela: alguns beijos em sua ex. Ela não digeriu bem. Num primeiro momento, eu não entendi: não sou uma ameaça. Jogo em outro time. E recuso pragmatismos. Acontece que, às vezes, é indispensável seguir alguns protocolos. Eu devia saber.

Para mim, foi uma brincadeira. Pra ela, uma brincadeira de mau gosto. E se ela não digeriu bem, eu fiquei com esse amargo na boca, com esse aperto no peito. Sentindo-me uma Cafajeste de terceira, que não se importa com os sentimentos alheios, apenas com seu bel prazer. Uma cretina?

Uma criança. Acabo de tomar um café com o guri aqui da produtora. Ele me disse que confio fácil demais. Que sou e me sinto uma criança, mas que não podia deixar que qualquer um tivesse consciência disso. Alguma sobriedade cai bem em certos momentos.

Disse também que quando estamos no chão, só encontramos que rasteje com a gente. Uma vez de pé, podemos até encontrar quem pule conosco. Que eu precisava fazer as pazes com minhas prioridades, com minha verdade. Mas que isso não aconteceria sem que eu fizesse as pazes com minhas raízes. Tá difícil.

Qualquer companhia adianta, qualquer boteco prorroga a chegada em casa. Existem pessoas que turbinam a minha insanidade, mas eu não as evito porque não quero voltar pra onde eu comecei. Pro lugar onde os sonhos são metas. Queria apenas sonhando, sempre ébria de sonho. Só que tem esse momento, essa frase que berra e não pode ser ignorada: você passou da conta. Está na hora de fechar essa bodega pra balanço.

Diversão nenhuma vale uma amizade. Ou uma rachadura. Eu posso ser uma Cafajeste, ou uma criança insana. Mas, porra, eu sinto culpa.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

AGNUS SEI que são também

Onde estarão nossos heróis, crazy people? Hallo? (...) Cri-cri-...

Mesmo sabendo que Deosh tudo vê, responderei: eu os inventei. Com recorrente sensação da arma oculta em minha mão, cavalguei (nos últimos meses) contrariando Moisés e os 10 mandamentos (Não faças ídolos para ti, nenhuma representação do que existe no céu, na terra ou nas águas que estão debaixo da terra), in 1.250 a.C..

Em moldes cafajestes, UMA VEZ É TUDO e JÁ BASTA. Portanto insisto em mencionar a volatilidade de tais heróis do instante. Eles lhe aparecem apenas uma vez, o que já está pra lá de suficiente - considerando que o tempo vence toda ilusão, o melhor a se fazer é eternizar o momento via símbolos, já que os bípedes usuais tem pouco de interessante. As pessoas cada vez mais arrebanhadas, inexoravelmente triste isso. O lance é a ETERNIDADE, oremos. Hey vamo andar... E inventar, porque assim é muito mais gostoso!

Por isso, é com orgulho que aqui vos apresento a nova técnica que ouso chamar de "DAR NOME AOS BOIS". Meus ilustres heróis do bem que percorreram junto a mim na brisa contida brasiliense:


O ANGELINA JOLIE, beiçudo e caridoso

WOLVERINE, o EX-men

O DELÍCIA, aquele que persiste até o café-da-manhã

ANJO, aquele que vem pra te SALVAR (com skank)

DAS_ALTURAS, um exercício de escalada social


Meus heróis inominados mitificados, assim será (anda sendo). Seus nomes de registro, por como são chamados por todos - idéia NUNCA HEI DE FAZER. Eternidade pouca é bobagem - ou seria cafajestagem?

Você, grande cafa bróder (sem distinção de gêneros), haverá de se surpreender com a eficácia de tal gênero de identificação. Tá cansado de esquecer o nome da rapeize? Ou fica sem graça (colocando a mãozinha no bolso imaginário) quando os amigos chegam e você, bípede etilicus, obviamente não sabe nem sequer a primeira letra do nome de quem está no envirolment por questões ÓVIAS mesmo, não? É pra você que eu falo: dar aos bois um nome, dar à boiada um rumo, um nexo ou um plexo. Rumo digno de caça, insisto, nomes de guerra, de resistência e no futuro há de lembrar (com orgulho) que pra ser garanhão só é preciso adequar de forma HERO os arquivos do cérebro.

Merci, imaginação. Ah como é difícil tornar-se herói, só quem tentou sabe como dói vencer satã só com orações...


* Esse relato foi escrito ao som de Agnus Sei, mencionado trechos da canção de João Bosco interpretada por Elis Regina.


Sra. T

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mais uma dose de Cafajestagem

Bartenders estão no palco da balada. Ainda mais se não há show ao vivo na balada. Porque o DJ fica meio à parte, protegido em sua cabine. Bartender não: tá ali, abrindo aquele sorriso pra você toda hora que se chega ao balcão. Vai querer o quê?

Às vezes, mesmo que avisadas, a gente quer mais do que um drink. A gente sabe que não é uma boa idéia, mas pede uma caninha e ainda joga charme pra ganhar um chorinho. Não dá pra tomar vinho na balada, então vamos logo de cachaça, pra mostrar a que viemos.

Foi eu botar os pés na boate e eu quis aquele bartender. Meu amigo:

- Calma, raposa. Ainda há muito pra se ver por aqui.

- Eu bem que queria acreditar nisso. Ficar a fim do bartender é muita função: tem que sobreviver até o fim da noite e beber horrores.

- Bem pensado. Vamos dar um rolé. Posso fingir que estou te querendo pra instigar os homens ao redor. Em meia hora, eu vou estrategicamente ao banheiro e, quando eu voltar, você nem se lembrará mais do garçom.

- É bartender. Obrigada, amigo. Geralmente, isso ajuda sim.


Mas eu sabia que aquilo era otimismo descabido. Desde a hora em que pus os olhos no bartender, eu sabia, eu ouvi aquela voz maldita dentro de mim: se fodeu, querida, foi fisgada por um Cafageste de novo. Eu até dei um rolé pela balada, paguei de cobiçada com meu brother, mas, na terceira dose de cachaça eu o avisei: vamos ter que ficar até o final.
No fim, ele não se importou: tomamos algumas bebidas de graça e fomos pra um after na casa de outro cara, onde ele, cof, curtiu a atmosfera. Naquele momento, eu já era uma das cataratas do Niágara. Era um caminho sem volta.
É claro que foi ótimo, estamos falando de um profissional da noite aqui: pessoas que acreditam que ser junkie é uma filosofia de vida. Não são como eu e você que sentem remorso ou medo depois de um porre românico. Pra dar uma imagem: a versão dele de um café na cama era um cigarro antes do café. Tudo bem, num mundo carente de cavalheirismo, o que vale é a intenção. Nesse sentido, eu também achava que ele tinha outra qualidade: era o supersincero. Porque mais vale um tapa na cara que uma punhalada nas costas. Transcrevo mais ou menos alguns diálogos ilustrativos.


- O quê foi isso no seu joelho?

- Você quer mesmo saber?

- Quero mais não, porém não posso passar pagar de insegura. Uai, quero...

- Há três dias eu saí da balada com uma garota, muito doido, e fomos trepar na casa dela...

- Óquei. Entendi.

...


- Estou querendo ir na boate amanhã, o que você acha?

- No sábado tem uma mina que cola lá, a gente sempre fica quando se vê, mas tá longe de ser um namoro...

- Glup, acho que engasguei, graças a deus to no MSN. Tudo bem, pelo menos você me avisou antes...então, é isso. Vou embora sem te ver.

- Não, sua doida. Você não está livre no domingo?


No domingo, ele apareceu no MSN às 9 da noite. Ele não tinha celular (como eu disse, um profissional), e eu não achava de bom tom ficar ligando na casa dele (mora com a mãe).


- Desculpa.

- ...

- Só acordei agora. E descobri ontem que vou ter que trampar hoje por causa do feriado.

- ...

- Os caras do meu trampo são muito legais...

- Aquilo é um antro, um cortiço e você é o pior deles. Acontece. Mas eu te disse que 2.000 quilômetros é chão demais. Eu queria te ver antes de ir, mas já era.

- Eu também queria.

- Queria mesmo?

- Sim sim. Amanhã?


No dia seguinte, véspera de minha partida, ele nem se deu ao trabalho de aparecer no MSN. Eu até liguei uma vez em sua casa (eu não morava ali, whatever), mas às 3 da tarde ele ainda dormia. Eu mantive o MSN ligado até uma da manhã. Desconfio que, em algum momento, ele esteve lá...mas invisível.


Mais uma dose...é claro que eu to fim. A noite nunca tem fim. Por quê a gente é assim?

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Garota esperta

Mesmo com um vocabulário amplo para uma criança de cinco anos, ela ainda não sabia o que significava a palavra charme. A ignorância semântica, no entanto, não a impedia de esbanjá-lo para todos os lados. Não era especialmente bonita. Mas era graciosa como ninguém. E já percebia, mesmo que ingenuamente, os efeitos disso:
- Manhê, todos os meninos da escola já pediram para namorar comigo, contou com um brilho nos olhos, enquanto almoçava com a mãe e o padrasto.
- E quem você escolheu?, perguntou o padrasto.
- Eu aceitei namorar com todo mundo que pediu, ué.
- Mas aí vira problema. Você tem que escolher um preferido, falou o padrasto em tom de sermão.

A mãe, que até então estava apenas rindo do atrevimento da filha, comentou quase que sem pensar:
- Nada disso. O problema surge justamente quando se encontra um preferido. 
A menina já desvencilhada da conversa por conta de uma borboleta que adentrou a sala, esqueceu logo o sermão do padrasto. Já havia decidido que namoraria com todos, afinal sua cabecinha ainda estava livre dessas limitações morais. O padrasto desistiu do embate com a esposa, pois sabia que escutaria muito além do que gostaria de ouvir. O mau humor durou até tarde da noite. Mas passou após a vitória do Fluminense contra o Flamengo. A mãe ainda ficou três dias com o olhar perdido. Perdido em uma saudade sem fim.


C.