Falta-me pouco até o fim da
segunda temporada de Mad Man. Tenho a
impressão que muitos publicitários sabem da existência deste seriado, ou já
viram alguns episódios, ou já viram as cinco temporadas. A mim, a série já
tinha sido recomendada diversas vezes e tenho trabalhado cada vez menos na
publicidade.
Confesso que acabei criando muita
expectativa, mas não vou desmerecer a parada por isso. Afinal, foram vinte
episódios que vi num período de mais ou menos quinze dias. Não dá pra dizer que
Donald Draper é resistível. Mas acho que, enquanto mulher, foram os personagens
de Joan, Peggy e Betty que realmente me fisgaram.
Porque a narrativa se passa nos
anos 60 e mostra o dilema cultural e emocional que a mulher sofreu durante um
momento catalítico da história da sociedade ocidental. Métodos contraceptivos,
faculdade e mercado de trabalho eram adventos que se misturavam com os
fundamentos tradicionais de, por exemplo, conseguir, o quanto antes, um bom
casamento e um marido provedor para dedicar a vida à família e ao lar.
Dentre os personagens de maior
destaque nas duas primeiras temporadas, existem figuras de três gerações ali:
os vinte e poucos anos, os vinte e tantos/trinta e poucos anos, os quarenta e
tantos/ cinquenta e poucos anos. Estas gerações colidem e se complementam com a
mesma frequência em relação aos assuntos materiais ou subjetivos. Mas, de modo
geral, o mundo é dos homens e praticamente todos os americanos fumam, a
qualquer hora e em qualquer lugar. O primeiro capítulo chama-se “It´s toasted”,
em referência ao slogan do Lucky Strike.
Sobre o protagonista, vamos dizer
apenas que não houve a menor pista de que ele era um cara casado até os últimos
minutos do episódio de número 1. No entanto, a primeira ficha da esposa só cai
no episódio de número 8 da segunda temporada, cof.
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Quem nunca! |
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