Pelo jeitão e o sotaque, qualquer
uma diria que, se ele fosse músico, era numa dupla sertaneja. Mas talvez não
fosse universitária, pois isso não é critério pra ele. Como bem provocou o
amigo com quem divide o apê: “Quando uma mulher entra em casa, eu mal
cumprimento e já aponto onde é o quarto dele”.
Deveria
ser um abatedouro, mas em cinco noites apenas uma piá de 19 anos apareceu – em três
noites. Mas, pra provar que o lance não é sério, o tal ogro encantado faz
questão de contar de outras amantes. Menos detalhes, eu sempre alerto. Pra que
ele interrompa a punheta, metaforicamente falando. Afinal, ele sabe que é
atraente, eu sei, todo mundo sabe. Ninguém em sã consciência vai achar que o
cara não é bonito e 99% das mulheres heteros vão querê-lo. Quer dizer, o óbvio
ululante não precisa ser anunciado.
Fosse
apenas um deus grego, e a coisa seria simples. Mas aí o cara vem com esses
paradoxos. E mulher se amarra num paradoxo. É canceriano e brada por aí que
quer casar. Mas em seguida emenda: depois dos 30. Então tá. Arrota um rodízio
de piadas toscas e, antes de dormir, ouve música clássica.
É
certo que estamos tratando aqui de um Cafa do tipo artista, o clássico. Tão
quebrado quanto gato e tão gato quanto talentoso. Começou tocando bateria e daí
passou pro piano. Começou uma faculdade
de engenharia e daí passou pra música. Parece que forma esse ano, aos 27. Jim
Morrison dos teclados.
Por
enquanto, temos isso. Uma breve apresentação. Como a onda hoje é televisão, vou
escrever uma série pra cada cafajeste eleito. Três textos para cada um do Top
Five de ontem, hoje e amanhã.
dorei ogro seus.
ResponderExcluirpianista,
ResponderExcluirokey